domingo, 30 de dezembro de 2012

DEZ MANDAMENTOS PARA TRANSGREDIR

DEZ MANDAMENTOS PARA TRANSGREDIR


*Caio Fábio

1. É mal fazer o bem para todo aquele que é mau. Ele o odiará pela maldade de seu bem.

2. É mal pensar o bem acerca de quem só concebe o mal. Ele usará você sem escrúpulos.

3. É mal desejar que o Bem aconteça a quem o inveje por você ser bom. Ele o julgará superior e o invejará com todo ódio.

4. É mal realizar o bem a quem tem complexo de inferioridade em relação a você. Ele crerá que você o está humilhando.

5. É mal não fazer nada de mal a quem só deseja o mal a você. Ele não agüentará a sua não resposta às provocações.

6
. É mal ajudar o covarde quando está em desvantagem. Ele pensará que você é cúmplice.

7
. É mal fazer o bem aos que tudo vêem como impuro. Sua bondade será interpretada como frouxidão.

8. É mal fazer o bem aos que o adulam. Eles pensarão que sua bondade é pagamento e tentarão ampliar os negócios com sua alma.

9. É mal fazer o bem a quem não ama. Ele nunca acreditará em você.

10. É mal fazer o bem a quem cobiça. Ele desejará seu bem a serviço dos interesses dele.
Bem, já que é assim, dê uma surra de bondade no mundo! Transgrida esses princípios sempre. Será para o seu Bem. Espero que você seja incorrigível. Seja esse pecador. Peque esse pecado. Sofra desse mal.
Você está condenado!


 
* Caio Fábio foi um líder da Igreja Presbiteriana que era muito badalado. Na década de 90 se envolveu no Dossiê Cayman, além de ter se envolvido em um caso de adultério que praticamente acabou com sua carreira evangélica. Posteriormente foi inocentado no processo que foi movido por Fernando Henrique Cardoso, pelo seu envolvimento no Dossiê Cayman. O pastor abre o bico em vários vídeos disponíveis no You Tube. Fala de Edir Macedo, Crivela, Silas Malafaia e outros, com detalhes sobre dinheiro.
Os vídeos são intitulados Caio Fábio Conta Tudo I e II. Na verdade é um conjunto de vídeos recheado de acusações. O Pastor Silas Malafaia é o maior acusado, falando dos casos com fiéis e chamando-o de ladrão. Fala que Silas confessou que ganhava US$ 40 mil da Igreja Universal do Reino de Deus.

_____________________
E a mais recente de Caio Fábio sobre Silas Malafaia:
 
_____________________
PS: cliquem no link abaixo para ler também aqui no blog:
 
http://www.youtube.com/watch?v=rJdbtz_GLD4


"Um feliz ano novo para todos os incorrigíveis e transgressores éticos, que sempre visitam esse blog. São os votos do onipresente".

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Quer se bronzear de forma saudável?

Quer se bronzear de forma saudável? A doutora Soraia Aracele dá todas as dicas

por Conceição Lemes
A luz solar é indispensável ao ser humano. Ajuda a prevenir osteoporose. Auxilia o tratamento de doenças, como psoríase, eczema e raquitismo. É também excelente “ferramenta” para enfrentar o estresse, pois leva o cérebro a produzir substâncias que melhoram o humor.
Em compensação, o sol em excesso, todos sabem, traz prejuízos à saúde. Pode causar queimaduras, envelhecimento precoce da cútis, com a formação de manchas, linhas de expressão e rugas, facilita a catarata, a  eclosão de crises de herpes e a instalação ou agravamento de lúpus eritematoso. A exposição exagerada e repetida ao sol é responsável pelo câncer mais frequente no Brasil – o de pele.
“Os prejuízos se devem à associação dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta A e B (UVA e UVB) e dos infravermelhos”, explica a dermatologista Soraia Aracele Lozano,  médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Os malefícios de um potencializam os do outro. É possível, porém, ficar apenas com benefícios, expondo-se de forma saudável ao sol.”
É simples. A doutora Soraia Lozano ensina como.
Blog da Saúde – Quem precisa se proteger dos raios solares?
Soraia Lozano – Todos nós, independentemente de idade, sexo, etnia.
Blog da Saúde – Inclusive os afrodescendentes, certo?
Soraia Lozano  –  Com certeza. Muita gente acredita que os afrodescendentes podem tomar sol à vontade, pois não teriam risco de câncer de pele. É uma ideia falsa.  Os afrodescendentes têm, isto é verdade, menos risco devido à farta produção de melanina. É o pigmento fabricado pelos melanócitos [ células da pele] e que dá cor à pele e atua como filtro solar, prevenindo os danos causados pela radiação solar.
Blog da Saúde – Quem é mais suscetível ao câncer de pele?
Soraia Lozano – Seguramente as pessoas de pele e olhos claros, com cabelos loiros ou ruivos,  são mais suscetíveis; têm menor produção de melanina.
Blog da Saúde – Na prática, o que significa exposição saudável?
Soraia Lozano – Evite a exposição direta e prolongada ao sol entre 10h e 16h, quando os raios solares são mais intensos. É por volta de meio dia (13h, no horário de verão) que a radiação atinge seu pico. Use protetor solar na praia, na piscina, assim como ao praticar esporte ou trabalhar sob o sol. Procure lugares com sombra, sempre que possível. Ela protege você dos raios diretos do sol.
Blog da Saúde – Tendas e guarda-sóis funcionam? 
Soraia Lozano  –  As de nylon deixam passar 95% da radiação solar. Logo, não protegem quase nada. Já os feitos de algodão ou lona são mais efetivos: retêm 50% da radiação ultravioleta. Portanto ajudam, mas não dispensam as demais medidas preventivas, inclusive o uso de protetor solar. A luz solar, ao “bater” na areia, calçada, piso, água, reflete em você, provocando danos à sua pele.
Blog da Saúde – Quanto às roupas, o que recomenda?
Soraia Lozano – Vista roupas claras e leves. As cores claras refletem a luz solar, diminuindo a absorção dela pela sua pele. As feitas de algodão filtram melhor a radiação do que as de tecidos sintéticos. Nos dias com muito sol, proteja-se ainda com boné ou chapéu de abas largas, óculos escuros e camisa de manga longa.
Blog da Saúde – Agora, o filtro solar. Fala-se em fator de proteção solar (FPS) cada vez maior. Qual é o indicado?
Soraia Lozano – Varia de acordo com o tipo de pele e o nível de exposição. Normalmente, o fator 15 é suficiente para a maioria das pessoas, pois se sabe que filtra 94% da radiação ultravioleta. Já pessoas de pele e pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos,devem utilizar fatores mais elevados. O ideal é um fator de proteção de 20 a 60. Aplique o protetor 30 minutos antes da exposição ao sol em todas as áreas do corpo descobertas, incluindo rosto, orelhas, pescoço, colo, dorso das mãos e braços.
Blog da Saúde – Tem gente que usa FPS 60, por exemplo, achando que pode ficar muito sol.
Soraia Lozano – É outra ideia falsa.  Mesmo usando filtro solar com fator 60, não se deve permanecer longos períodos ao sol.
Blog da Saúde  – Quanto tempo dura a proteção do filtro solar?
Soraia Lozano – O tempo é limitado. Há uma fórmula para calculá-lo, mas não é funcional. Na prática, reaplique a cada três ou quatro horas, durante a exposição solar. Também após entrar na água, praticar esportes ou suar muito. Já existem produtos “à prova de água”, que também devem ser reaplicados.
Blog da Saúde — Protetores solares com fator 30, 60 exigem reaplicação?
Soraia Lozano – Sim. Portanto, se usá-los, reaplique a cada três ou quatro horas. Igualmente após entrar na água, se exercitar ou transpirar muito.
Blog da Saúde – Em dia de mormaço é preciso usar protetor solar?
Soraia Lozano – Sim. Embora a “ausência” de sol atenue a radiação ultravioleta, a neblina quente e úmida, resultante de forte calor, é suficiente para produzir queimaduras. Ou seja, o mormaço apenas mascara a falta de sol aparente. Portanto, para se proteger realmente, use, sim, protetor solar, mesmo que só tenha mormaço.
Blog da Saúde – Quando usar filtro solar? 
Soraia Lozano  – Sempre que frequentar piscina, praia, rio ou cachoeira. Também se trabalhar ao ar livre – como carteiros, garis, salva-vidas e vendedores; sair para caminhar ou resolver assuntos em dias ensolarados. É importante levar consigo o filtro para reaplicação, se necessário.
Blog da Saúde – O filtro solar previne todos os tipos de câncer de pele?
Soraia Lozano – Previne a imensa maioria. Vou explicar. A pele é dividida em camadas. O tipo de câncer depende da camada afetada. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, os mais frequentes são o carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos de câncer de pele, e o carcinoma epidermoide (ou espinocelular), com 25% dos casos. Felizmente, o filtro solar previne ambos…
Blog da Saúde – E o melanoma?
Soraia Lozano – O melanoma, não. Ele corresponde a 4% dos casos de câncer de pele no Brasil. É o mais agressivo, com alto risco de se espalhar para outros órgãos, através dos gânglios linfáticos, provocar metástase e ser fatal. Quanto mais cedo forem o diagnóstico e o tratamento do câncer de pele, menor o risco de mutilações e maior a probabilidade de cura.
Blog da Saúde – O melanoma é mais freqüente em quem?
Soraia Lozano  – Nas pessoas de pele clara, mas podem se formar também em negros, mulatos, indígenas.  Na maioria das vezes manifesta-se por lesão pigmentada que surge do nada ou da transformação de uma pinta que o indivíduo tem desde o nascimento. Atenção, portanto, às pintas, perebas, manchas. Mudou de cor, tamanho e sensibilidade, corra para remover.
Blog da Saúde — A exposição excessiva ao sol faz realmente mal em todas as idades?

Soraia Lozano – Seguramente , do bebê ao idoso. Embora os efeitos nocivos dos raios solares sobre a pele se manifestem principalmente a partir dos 40 anos, eles se acumulam ao longo da vida.
Blog da Saúde – A partir de quantos meses, os bebês podem se expor diretamente ao sol?
Soraia Lozano – Só depois dos 6 meses. Antes, não devem – de modo algum!  Seus melanócitos ainda não funcionam.
Blog da Saúde – Algumas leitoras talvez murmurando:  “Ah, mas eu adoro me bronzear. Bem queimada fico linda…
Soraia Lozano – Realmente, você fica mais bonita agora, mas, no futuro, a sua pele envelhecerá mais depressa, as rugas e as manchas serão mais precoces. Pense nisso. Proteja sua pele dos raios solares. Evite torrar-se ao sol.
Blog da Saúde — Doutora, para finalizar, alguns leitores — principalmente mulheres —  certamente gostariam de fazer mais esta pergunta à senhora: as câmaras de bronzeamento artificial, proibidas desde o final de 2011,  causam mesmo danos à saúde?
Soraia Lozano — A resposta é sim! Há anos se sabe que os raios emitidos pelas câmaras de bronzeamento artificial podem causar queimaduras, envelhecimento precoce da cútis, com a formação de manchas, linhas de expressão e rugas, e câncer de pele.
Aliás, em julho de 2011, a IARC, Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer, órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou o risco das cabines de bronzeamento artificial: de causa provável para causa concreta de tumores de pele. A IARC concluiu que o uso delas antes dos 35 anos de idade aumenta em 75% o risco de melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele.
Mesmo assim, muitas clínicas de estética do país anunciavam que suas máquinas lançavam apenas raios ultravioleta A – a radiação UVA – e não causavam danos. Uma propaganda enganosa, pois não existem cabines que emitam apenas UVA. Todas lançam os UVB também. Os UVB, aliás, são os que dão a cor dourada à pele. Fique longe delas

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

foto com identificação

ah

Prezado Eduardo: Um senador da Roma antiga, chamado Lutácio Catulo, disse certa vez uma frase que ficou célebre “Cesar já não ataca a república sorrateiramente: ei-lo a armar abertamente suas máquinas”. Nos dias atuais a mídia golpista agrupa todos os seus “paus-mandados” e armam abertamente um golpe contra o Brasil. Essa mídia e seus seguidores não querem que o pais seja livre das mazelas que foram plantadas e defendidas pelas elites passadas e presente, nem deseja que o povo tenha uma vida material menos miserável do que aquela que herdamos nos últimos 80 anos dos governos da UDN, ARENA,PFL e PSDB e que ainda temos; apesar da miséria ter diminuído e muito nos últimos dez anos com a chegada do PT à presidência da República. O bom para essa mídia e seus financiadores é que fiquemos sempre aliados àqueles que nos chantagearam e fizeram o Brasil entrar na segunda guerra mundial ( é bom frisar que tanto o gal. Gois Monteiro como o gal. Eurico Dutra que, posteriormente veio a ser presidente da república, não queiram que o Brasil fosse à guerra. Esses dois generais fizeram uma declaração por escrito ao senhor Getúlio Vargas ”consideramos nossos dever reiterar que as Forças Armadas do Brasil não estão suficientemente preparadas e equipadas para defender o Pais”) . Veja que a pindaíba das nossas forças armadas já vem de um longo tempo. A mídia venal faz tudo para esconder e negar os avanços que o país teve e está tendo nos últimos dez anos .O seu artigo de hoje é mais uma demonstração disso. Além do crescimento do PIB ao longo dos últimos anos, seria bom você fazer uma comparação das populações economicamente ativas do Brasil, Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, França, Itália e o número de desempregados. Só lembro que hoje cento e dezenove milhões de pessoas ficaram pobres na Europa (a Grécia tem vinte e seis por cento de desempregados e Portugal dezesseis por cento) e nos EEUU mais de quarenta milhões de pessoas só se alimentam porque recebem vale-refeição.
Já dizia o historiador e filósofo grego Plutarco “ o desequilíbrio entre ricos e pobres é a mais antiga e fatal doença de todas as repúblicas”. A vida nos ensina que um povo faz revolução ou por consciência política ou quando a miséria torna-se insuportável e este povo nada tem a perder “a não ser os grilhões”.
Para a mídia golpista e seus seguidores o bom é a concentração das riquezas nas mãos de poucos e quanto maior o exército de miseráveis, melhor para eles para manter os povos submissos ao deus-capital, aumentando assim o número de desempregados para que a mão de obra(o esforço do trabalho) possa ser vendida mais barata e o trabalhador abra mão das suas conquistas sociais e dos seus direitos trabalhistas, como está acontecendo na Europa e que os empresários brasileiros e a mídia venal estão martelando diariamente para que isso aconteça no Brasil. ”Segundo as Nações Unidas, apesar da melhoria econômica em muitas regiões , o mundo é menos igual que a uma década. Hoje, os países mais ricos do mundo EEUU, e os da União Européia e Japão, são em média mais de cem vezes mais ricos do que os mais pobres –Etiópia, Haiti e Nepal. Há cem anos a taxa era de 9 para 1.A taxa entre o PIB do pais mais rico de hoje, em termos per capita, Luxemburgo e o mais pobre Guiné-Bissau é de 267 para 1. Hoje, as mil pessoas mais ricas do mundo têm somados uma riqueza maior que os dois bilhões e quinhentos milhões de pessoas mais pobres” O número é esse mesmo: dois bilhões e quinhentos milhões.
Acredito que é isso que essa turma de críticos ao governo do PT está querendo, que a desigualdade aumente e chegue como era a Alemanha em 1923, quando um quarto das crianças de Berlim em idade escolar sofria de desnutrição e que os juros e o desemprego voltem à época em que O PSDB estava no poder.
A presidenta Dilma está sob fogo cerrado porque:
1° – é um governo de esquerda e a direita não se conforma em estar fora do poder central.
2° – a inflação é bem menor do que no final do governo FHC (Será que essa turma está querendo que a inflação suba e chegue à situação da Alemanha em 1923 quando um quilo de pão custava exatos cento e quarenta bilhões de marcos. Isso mesmo, cento e quarenta bilhões. Isso em 5 de novembro daquele ano.)
3° – mexeu com o capital financeiro (parasita) e com os rentistas nacionais e internacionais.
4° – mexeu com as companhias elétricas. Muitas delas utilizam equipamentos (medidores de energia) ultrapassados que marcam consumo maior do que realmente é consumido. Em minha casa foi trocado há dez dias o medidor e o técnico da própria empresa foi quem me disse que o meu consumo está sendo marcado onze por cento acima do meu consumo real. Como o medidor estava instalado há mais de quinze anos, alguém está ganhando desonestamente o meu dinheiro.
5° – Acredito que a próxima briga da presidenta Dilma deve ser com os laboratórios farmacêuticos .
Para finalizar: Acredito que posso dizer com alguns jornalistas e políticos do Brasil a frase que foi dita pelo General de divisão do exército americano Smedley D. Butler “eu passei 33 anos e 4 meses de serviço ativo na força militar mais ágil do pais, os fuzileiros navais. Servi em todos os postos, de segundo tenente a general de divisão. E durante esse período eu passei a maior parte do tempo sendo um capanga de alto nível de grandes empresas, de Wall Street e dos banqueiros. Fui um extorcionário, um gângster do capitalismo”
Esse general invadiu Cuba, Nicarágua, México, República Dominicana e a China (esse pais em 1927) “tudo isso para levar a democracia e progresso a esses povos” .
Dessa mídia em relação ao PT não sai mel, somente fel.

Pois é, infelizmente o PT cumprirá o prometido de não reestatizar nada. É uma pena pois:
1- temos uma das tarifas de energia elétrica mais caras do mundo, apesar de nossa geração hidrelétrica ter o CUSTO MAIS BAIXO DO MUNDO. É o resultado dos contratos benevolentes de FHC com os investidore$ amigo$. Detalhe: esses investidores financiam as campanhas dos demotucanos.
2- temos uma das telefonias mais caras do mundo, com um serviço péssimo. Resultado da privataria de FHC, que entregou a telefonia a gente como o banqueiro condenado Daniel Dantas.
3- a Vale vende nosso minério para a China a preço de banana e compra deles dezenas de “super-navios” a preço de ouro, navios cujo aço foi feito COM NOSSO MINÉRIO. Um verdadeiro negócio da China… para os chineses.
Essas são apenas algumas consequências nefastas da privataria.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Avaaz: uma cortina de fumo que esconde as bombas de urânio empobrecido

Avaaz: uma cortina de fumo que esconde
as bombas de urânio empobrecido

por Dominique Guillet
O ex-presidente brasileiro F.H. Cardoso e o secretário-geral da ONU são alguns dos que apoiam campanhas da Avaaz. Pouco tempo depois da operação psicológica especial designada 11/Set, o general Wesley Clark, antigo comandante supremo da OTAN (Organização Terrorista do Atlântico Norte) encontra-se, no Pentágono, com um oficial do estado-maior que o convida a consultar um documento confidencial saído do Ministério da Defesa dos EUA e que estipula que, nos cinco anos seguintes, os EUA irão invadir ("libertar" na linguagem orwelliana) sete países: o Iraque, a Síria, o Líbano, a Líbia, a Somália, o Sudão e o Irão.

O general Wesley Clark, já na reserva, exprimiu-se publicamente sobre este assunto: "Era uma declaração espantosa: o exército ia servir para desencadear guerras e fazer cair governos e não para impedir os conflitos. Íamos invadir países. Fiquei baralhado. Pus aquilo de parte, era como uma pepita que guardamos. Um grupo de pessoas tinha conseguido o controlo do país com um golpe de estado político: Wolfowitz, Cheney, Rumsfeld… eu podia nomear mais uma meia dúzia de outros colaboradores do Projecto para um Novo Século Americano (PNAC). Queriam desestabilizar o Médio Oriente, alterá-lo e colocá-lo sob o nosso controlo". [1] [1]

Será então uma coincidência a organização denominada Avaaz ter apoiado as intervenções militares na Líbia ( [19] , [20] , [21] ) e na Síria ( [25] , [26] , [27] , www.avaaz.org/en/us_and_india_stop_syrias_merchants_of_death/ Será então uma coincidência a Avaaz ter-se metido nos assuntos internos da Somália ( [2] , [3] , [4] )? Será então uma coincidência a Avaaz ter-se metido nos assuntos internos do Sudão ( [5] ) acusando, ainda por cima, o tão diabolizado Irão de fornecer armas ( [7] , [8] )? Será então uma coincidência a Avaaz ter-se metido nos assuntos internos do Irão ( []9] , [10] )?

Quem são então esses "activistas Avaaz" implicados muito concretamente, em 2012, nas operações de desestabilização da Síria ( [11] )?

A organização Avaaz não será pura e simplesmente uma testa de ferro da CIA, uma gigantesca cortina de fumo ocultando as bombas libertadoras de urânio empobrecido do imperialismo ocidental?

No Outono de 2009, quando redigia os meus quatro artigos sobre a vigarice do aquecimento climático de origem antrogénica ( www.liberterre.fr/gaiasophia/gaia-climats/generaux/caniculs.html ), descobri que esta organização solicitava aos activistas a recolha de fundos, no espaço de uns dias, de 150 mil dólares a fim de criar um blogue durante a Cimeira de Estocolmo. "Só nos restam uns dias. Se, daqui até segunda-feira, pudermos juntar 150 mil dólares, a Avaaz poderá utilizar grandes meios neste projecto: construir um mapa do mundo e um blogue no estilo do Twitter que permita ligar todos os acontecimentos organizados para o clima a 21 de Setembro; pôr em funcionamento uma base de dados telefónicos mundial que permita a milhares de pessoas inundar os nossos dirigentes com telefonemas; e finalmente contratar uma equipa de profissionais que façam a diferença no terreno mediático, frente aos poderosos lobbies industriais e petrolíferos".

Cento e cinquenta mil dólares financiados por militantes ingénuos para criar um blogue!! Devemos estar a sonhar. Na altura, eu pensava que a Avaaz não passava duma ONG fraudulenta, mais uma, uma Organização para eNganar os in Génuos, cujo único objectivo era obter dinheiro dos activistas e cuja ferramenta principal se baseava nas patologias modernas, a pedinchice aguda e a conjugação desenfreada do verbo "clicar". E é claro que a Avaaz é fantástica enquanto maquinismo gigantesco para clicar/extrair dólares/euros. Basta consultar na internet uma das suas campanhas, em 2009, para angariar fundos, à custa de pequenas quantias:

"É um momento duma importância crucial para o Irão e para o mundo. Podemos ajudar a dar a conhecer a verdade organizando urgentemente uma sondagem pós-eleitoral rigorosa junto dos cidadãos iranianos, telefonando-lhes a perguntar em quem votaram e publicando os resultados nos meios de comunicação. Está em jogo mais de um terço dos votos – e a nossa sondagem poderá assim provar quem diz a verdade. Se conseguirmos recolher 119 mil euros nas próximas 24 horas, poderemos publicar os resultados antes de o Conselho dos guardiões da Constituição tornar públicos os resultados da sua recontagem de votos. Se viermos a reunir mais dinheiro, poderemos alargar o âmbito desta campanha. Temos uma necessidade urgente de que 10 mil pessoas nos dêem uma pequena quantia. Ajudem a financiar a sondagem a partir de agora utilizando o formulário de segurança fornecido abaixo" ( [10] )

De resto, ficamos sem saber o que é que está seguro na Avaaz porque a frase seguinte aparece a vermelho gordo: "$228,449 foi a contribuição para ajudar a financiar uma sondagem quanto à verdade no Irão". Onde é que isto aparece? No site da Avaaz França porque ainda hoje, em Novembro de 2012, continua a ser possível apoiar no botão Paypal para contribuir financeiramente para esta sondagem, no mínimo, muito "pós-eleitoral". Depois de verificar a mesma campanha no site da Avaaz dos EUA, verifica-se que a casa mãe se desfez em desculpas, em 2009, por causa da impossibilidade de efectuar a dita sondagem por culpa da corrupção no Irão. Na época, a Avaaz propôs aos espoliados, evidentemente com toda a sinceridade, reembolsar a sua contribuição – enviando um email – ou de colocá-la à disposição duma outra campanha que acabavam de lançar para garantir uma internet livre no Irão!! ( [12] )… e para garantir o mealheiro no Paypal.

Porque a Avaaz precisa de dinheiro, de muito dinheiro, para organizar as suas petições virtuais a partir de uns computadores, e sobretudo para as remunerações dos seus quadros. Porque, afirmamos alto e bom som, os quadros da Avaaz não são remunerados com amendoins virtuais: o fundador e director executivo, Ricken Patel, recebeu em 2010, a modesta quantia salarial de 183. 264 dólares (15.200 dólares por mês) – um ligeiro aumento em relação aos seus salários de 120 mil 000 dólares dos anos anteriores – enquanto o director de campanha, Bem Wikler, arrecadou 111.384 dólares de salário. Nesse mesmo ano de 2010, a Avaaz declarou na folha de rendimentos (modelo 990): 921.592 dólares de "despesas de campanhas e de consultoria", 182.196 dólares de "despesas de viagens", 262.954 dólares de "despesas de publicidade", 404.889 dólares de "despesas de tecnologia de informação", etc. etc. Tudo isto tresanda a fraude financeira e a nepotismo arqui-dolarizado. No meio das despesas de gestão, a Avaaz pagou a Milena Berry (e a Paul, o marido dela), por um trabalho de consultadoria IT (tecnologia de informação) a bagatela de 245.182 dólares em 2009 e de 294 mil dólares em 2010. Apesar da enorme remuneração de Milena Berry, que se apresenta como a técnica chefe da gestão informática da organização, a Avaaz fez apelo à generosidade das contribuições, a fim de reforçar o seu sistema informático, na sequência de um alegado ciber-ataque em Maio de 2012. Sem comentários.

De resto, a organização Avaaz não parece estar com muita pressa em publicar a sua declaração de rendimentos para 2011, o que é muito compreensível, dada a pletora de artigos, que aparecem na internet, a fim de denunciar esta organização fraudulenta. Em meados de Novembro de 2012, o "modelo 990" continua ausente do seu site enquanto o relatório da auditoria financeira foi entregue pelo seu gabinete de contabilidade de Nova Iorque (Lederer, Levine e associados) a 19 de Junho de 2012.

A Avaaz foi criada em 2006 pela MoveOn.org e a Res Publica. " Avaaz ", em diversas línguas da Ásia e da Europa de Leste significa "a voz". A voz silenciosa, por detrás da Avaaz e da Res Publica, é a de três indivíduos: Tom Perriello, antigo membro do Congresso dos EUA, Ricken Patel, consultor de numerosas entidades controladas pelos psicopatas predadores, e Tom Pravda, antigo diplomata da Inglaterra, consultor do Ministério do Interior dos EUA.

Entre os outros fundadores da Avaaz encontram-se Eli Pariser (director executivo da MoveOn), Andrea Woodhouse (consultor do Banco Mundial), Jeremy Heimans (co-fundador de GetUp! e de Purpose), e o empresário australiano David Madden (co-fundador de GetUp! e de Purpose).

A MoveOn, co-fundadora da Avaaz, distribuiu, em 2002, por intermédio do seu Comité de Acção Política, 3,5 milhões de dólares a 36 políticos candidatos ao Congresso dos EUA. Em Novembro de 2003, a MoveOn recebeu 5 milhões de dólares do especulador multimilionário George Soros. De resto, Ricken Patel declarou publicamente que o Open Society Institute de George Soros (re-baptizado em 2011 de Open Society Foundation) era um dos membros fundadores da Avaaz.

Quem é George Soros? Um dos predadores psicopatas na direcção do CFR (Council for Foreign Relations) e um dos membros do Grupo Bilderberg. O CFR e o Grupo Bilderberg são duas das falsas pernas nascidas na cloaca denominada "Nova Ordem Mundial". O CFR e o Grupo Bilderberg foram criados pelos Rockefellers, a família responsável por numerosos males que assolam o planeta. Só para lembrar, a Fundação Rockefeller promoveu as leis eugenistas nos EUA a partir do início do século passado; financiou o nazismo antes e durante a segunda guerra mundial; financiou as investigações genéticas, a partir de 1945 e, portanto, todo o sector das quimeras genéticas; lançou a devastadora Revolução Verde…

A Avaaz foi, em Junho de 2009, um dos parceiros na campanha Tcktcktck, lançada pelo Havas, ao lado da EDF, do Loyds Bank… e do 350.org, uma organização financiada pela Fundação Ford, pela Fundação Rockefeller, pelo Rockefeller Brothers Fund e pelo multimilionário George Soros.

George Soros é o financeiro incontornável de toda esta movimentação de ONGs de objectivos ocultos. Durante o Verão de 2009, o Open Society Institute (de Soros) deu uma subvenção de 150 mil dólares à Avaaz. Além desta subvenção, a Avaaz recebeu da Res Publica (financiada por Soros) 225 mil dólares em 2006, 950 mil dólares em 2007 e 500 mil dólares em 2008. A Foundation to Promote Open Society (de Soros) deu à Avaaz, em 2008/2009, 300 mil dólares de apoio geral e 300 mil dólares para a campanha (sobre a fraude) climática durante a qual a Avaaz brilhou especialmente na sua sabedoria para arrebanhar dinheiro não virtual a fim de combater o aquecimento climático virtual com petições igualmente virtuais. De resto, Ricken Patel não especifica em parte alguma, na sua cruzada contra o aquecimento climático antropogénico, como é que efectua o reembolso da "pegada de carbono" gerada pelos emolumentos grandiosos dos seus bons amigos no seio da Avaaz (uma redistribuição das liberalidades generosas da clique de Soros, enquanto a Avaaz pretende descaradamente que a organização só recebe dinheiro de contribuições individuais!!!) e o reembolso da "pegada de carbono" gerada pelos seus salários muito elevados na Avaaz! Trata-se provavelmente de um reembolso virtual.

E, ainda por cima, não fomos verificar se os múltiplos chapéus de Ricken Patel geravam múltiplas "pegadas de carbono" ligadas a múltiplos salários. Com efeito, ele é co-fundador e co-director de Faith in Public Life (uma grande organização cristã); é consultor do International Crisis Group, para a Fundação Rockefeller, para a Fundação Bill Gates, para a ONU, para a Universidade de Harvard, para a CARE International, para o International Center for Transitional Justice; é co-fundador e co-director de DarfurGenocide.org; é co-fundador e director de ResPublica. Etc, etc., ad nauseam.

Na clique dos fundadores da Avaaz – cuja ideologia está fundada na prática do clique-clique e no síndrome da pequena quantia – Patel não é o único a ostentar múltiplos chapéus. Encontramos Tom Perriello na consultoria ou na direcção em: National Council of Churches of Christ, Catholics United, Catholics in Alliance for the Common Good, Faithful America, Faith in Public Life, Center for a Sustainable Economy, Center for American Progress Action Fund, Youth and Environmental Campaigns, E-Mediat Jordan, International Center for Transitional Justice, Res Publica, The Century Foundation, ONU, Open Society Institute, etc, etc. Trabalhou com o Reverendo Dr. James Forbes sobre conceitos de "justiça profética". Tom Perriello apoia a operação psicológica especial denominada "guerra ao terrorismo" que foi lançada por Bush e prolongada por Obama. A sua visão de Israel faz parte do conto de fadas: considera este país como uma das "criações mais espectaculares e excitantes da comunidade internacional" no século XX e está convencido que "existe uma relação estratégica e moral permanente entre os EUA e Israel". Etc., etc., ad nauseam.

O grande amor que Tom Perriello experimenta por Israel não impede minimamente a Avaaz de lançar uma petição para apoiar os infelizes palestinos perseguidos pelo Estado Sionista! E é aí que reside o grande génio estratégico da Avaaz para enganar os militantes e activistas sinceros: a Avaaz promove, de vez em quando, causas "nobres": as abelhas, os palestinos… e até mesmo Kokopelli [sementes orgânicas]. A Avaaz chegou mesmo a lançar uma petição para meter os banqueiros na prisão, os mesmos banqueiros que promoveram com a Avaaz a legislação "cap and trade" (JP Morgan Chase, Bank of America,,,) ou com os quais os fundadores da Avaaz colaboram no International Crisis Group (Morgan Stanley, Deutsche Bank Group...).

A Avaaz chega ao cume da grande palhaçada quando a organização lança uma campanha para parar com a "guerra contra as drogas". A 3 de Junho de 2011, a marioneta Ban Ki-moon recebeu das mãos de Ricken Patel – acompanhado de Richard Branson, fundador de Virgin – uma petição de 600.267 pessoas: "End the War on Drugs". De que é que estamos a falar? Duma campanha de despenalização do canábis, da ayahuasca, dos cogumelos psilocibinos e do peiote? Ou será duma campanha para fazer parar a guerra contra a gangrena social que é a comercialização em larga escala da heroína e da cocaína? Apostamos que se trata mesmo desta segunda alternativa, A heroína e a cocaína constituem as duas fontes mais generosas das caixas negras da mafia dos psicopatas predadores, em simultâneo com a liquidez dos grandes bancos internacionais. A presença da Aliança Ocidental no Afeganistão explica-se, entre outras razões, pelo controlo do ópio em que 95% da produção mundial está concentrada neste país. Quais são os jornalistas, dignos desse nome, que têm informado o público quanto ao escândalo gigantesco do branqueamento de centenas de milhares de milhões de dólares do dinheiro da heroína e da cocaína pelos grandes bancos internacionais ( www.hsgac.senate.gov/... , www.policymic.com/... ): HSBC, Wells Fargo, Bank of America....?

Todas as campanhas não passam duma gigantesca cortina de fumo para ocultar todas as finalidades odiosas que a Avaaz apoia ao serviço do Imperialismo Ocidental: a destruição da Líbia, a desestabilização da Síria, a desestabilização do Irão, a desestabilização da Bolívia de Evo Morales.

Todas estas operações de destruição e de desestabilização de países soberanos são promovidas por Tom Perriello, cujas visões belicistas ("pro-war") não são segredo para ninguém.

Num vídeo ( [14] ), Tom Perriello, é apresentado como o respeitável director do E.Mediat Jordan, uma organização localizada na Jordânia, um país limítrofe do Iraque e da Síria. Dirige-se aos jovens dessa organização ("um centro de treino, de tecnologias e de ferramentas") que estão dispostos, declara ele, "a sacrificar-se pelo seu país", a saber, a servir de carne para canhão para o avanço do Imperialismo Ocidental.

Em Maio de 2009, enquanto 60 membros do Congresso dos EU votaram contra a atribuição de 97 mil milhões de dólares suplementares para as guerras do Iraque e do Afeganistão, Tom Perriello votou a favor.

Em Março de 2010, foi organizada uma recepção pelas duas organizações de coloração pseudo-verde "League of Conservation Voters" e "Environmental Defense Action Fund" para angariar fundos para a reeleição de Tom Perriello para o Congresso dos EUA. A MoveOn.org, co-fundadora do Avaaz, atribuiu-lhe 100 mil dólares para a sua campanha de reeleição.

Em Março de 2010, enquanto 60 membros do Congresso dos EUA votaram contra o prolongamento da guerra no Afeganistão, Tom Perriello votou a favor.

A 27 de Julho de 2010, Tom Perriello votou contra a retirada das tropas dos EUA do Paquistão.

A 27 de Julho de 2010, enquanto 115 membros do Congresso dos EUA votaram contra a atribuição de 33 mil milhões de dólares suplementares para a guerra do Iraque, Tom Perriello votou a favor.

A 30 de Julho de 2010, Tom Perriello votou contra os regulamentos (HR 3534) que pretendiam enquadrar as operações de perfuração de petróleo no mar alto e votou a favor da suspensão duma moratória impondo salvaguardas às ditas perfurações no alto mar.

A 15 de Dezembro de 2011, Tom Perriello torna-se director da CAP Action, um dos ramos do Center for American Progress. Na revista Democracy Journal, depois de ter elogiado o "êxito" da intervenção militar na Líbia, declarou:

"Hoje, Khadafi está morto e o povo líbio pode, pela primeira vez desde há decénios, gozar a oportunidade dum governo responsável e democrático… Não houve mortos nas tropas americanas. Os combatentes rebeldes e a grande maioria da população festejaram a vitória como uma libertação e os sírios corajosos que quotidianamente arriscam a morte opondo-se ao seu próprio regime repressivo, rejubilaram com a queda de Khadafi. Todos estes feitos não são pequenas proezas para os que se preocupam com a dignidade, com a democracia e com a estabilidade…"

São efectivamente grandes feitos que caracterizam a "libertação" da Líbia que foi o país mais rico de África: um caos social generalizado, atentados quotidianos, lutas intestinas permanentes, sem esquecer os 50 a 100 mil civis líbios libertados para sempre da "opressão" de Khadafi porque morreram sob as bombas de urânio empobrecido do Ocidente.

Seja através das concepções belicistas dos seus fundadores, seja das suas próprias campanhas de desestabilização e de invasão militar de países soberanos, a Avaaz é claramente uma organização cúmplice de crimes de guerra.

Não tenho tempo nem desejo de sondar mais as profundezas de imoralidade desta crápula organização. Remeto os leitores e leitoras para numerosos artigos e testemunhos que começam a aparecer na internet ( [29] , [30] , [31] , advivo.com.br/blog/luisnassif/avaaz-golpe-ou-verdade ) e, em especial, para os quatro excelentes relatórios de investigação redigidos no Canadá por Cory Morningstar. ( [15] , [16] , [17] , [19] ).

Do que estou convencido é de que a enorme cortina de fumo colocada pela Avaaz por intermédio de campanhas "humanistas" a favor dos palestinos, das abelhas, da floresta do Amazonas ou de Kokopelli… está em vias de se esgotar rapidamente. A Avaaz é a "voz" oculta do complexo militar-industrial que procura semear o caos da guerra por todo o planeta.

Avaaz, abaixo a máscara!
14/Novembro/2012
O original encontra-se em www.legrandsoir.info/... . Tradução de Margarida Ferreira.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

contestado

SYLVIO BACK | CINEASTA, POETA E DIRETOR DE 38 FILMES, ENTRE ELES O CONTESTADO - RESTOS MORTAIS
História, memória, pretérito, pra que te quero? No entanto, há que se exigir “luz, mais luz!”, como balbuciou Goethe (1749-1832) no leito de morte. Sim, os insólitos e decisivos episódios de um dos mais desfrutáveis contornos anímicos do País - inaudita mescla de civilização e barbárie nos cafundós de Santa Catarina e do Paraná - permanecem soterrados a sete palmos pela tortuosamente amnésica História do Brasil. Quando não, enovelados por uma absoluta indiferença e assaz suspeita omissão.
Contestado: reproduçao de foto do arquivo do exército do Rio de Janeiro - Celso Junior/Estadão
Celso Junior/Estadão
Contestado: reproduçao de foto do arquivo do exército do Rio de Janeiro
A Guerra do Contestado (1912-1916), o maior levante bélico no campo brasileiro do século 20, verdadeira guerra civil nos sertões sulistas, em plena efeméride de seu centenário, vem se transformando em um zumbi do nosso passado recente. Suas perturbadoras vísceras morais, míticas, políticas e ideológicas, que continuam a nos assombrar, estão a exigir exorcização que a catapulte à pertinência e à atualidade.
A 20 de outubro de 1916, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sob a égide do presidente da República, Venceslau Brás, o presidente de Santa Catarina, Felipe Schmidt, e Afonso Camargo, presidente do Paraná, “... inspirados no amor à paz...”, firmaram pacto que, aparentemente, selou o fim das sangrentas hostilidades nas e entre as então províncias (Estados) vizinhas.
Era uma paz enganosa, porque nos dois anos subsequentes, por meio das chamadas “varreduras”, sob o comando do então capitão “Rosinha” (José Vieira da Rosa, 1869-1957), da Polícia Militar de Santa Catarina, perpetrou-se um autêntico genocídio, com a perseguição e matança de centenas de rebeldes e caboclos indefesos. Nessas varreduras, oficialmente conhecidas no meio militar como “raides proveitosos” (sic), não havia diálogo entre o caçador e o caçado, apenas o matraquear do tiroteio, o pavor de velhos inermes e o choro de mulheres e crianças. Massacres do tipo do “My Lai” vietnamita (1968), avant la lettre.
Nestes seus cem anos, não se espantem, a Guerra do Contestado debate-se, misteriosa e sintomaticamente, imersa no mais inacreditável esquecimento factual e investigativo, que, aliás, sempre lhe maculou a imagem e o reconhecimento de várias gerações de historiadores. O que, afinal, não é nenhuma novidade.
Essa omissão e descaso ativos nada mais são do que um genérico regional (leia-se, provinciano) com que nossa historiografia, quase toda ela de extrato acadêmico, com as exceções de praxe, imprime seu enfoque unívoco, e ideologicamente (à direita e à esquerda) chamuscado, sobre um passado que lhe é estranho, ainda que entranhado. Daí o Contestado ter-se transformado num autêntico buraco negro da História do Brasil!
Quase sempre, a pegada desses escribas de plantão é o achatamento e a desqualificação da Guerra do Contestado. Quando não, utilizam-na como caricatura ideológica que faça coro com um seu ideário de toque político raso e radical, tentando, a todo custo, ancorá-la em qualquer agito similar que surja no campo. Ou, então, ignorar sua estatura geopolítica e prevalência na fecundação do moderno capitalismo no Brasil, para obliterar seu complexo substrato ideológico-institucional em plena neo-república.
E, ainda, para subestimar ou superestimar o amálgama místico-religioso (o “espírito de irmandade”, a submissão voluntária e a autoridade castrense que vigiam dentro dos redutos), ou para edulcorar os flagrantes de delinquência e ilícitos de nítido caráter terrorista que marcaram a ferro e fogo milhares de viventes e incontáveis interesses locais, nacionais e internacionais.
Ali, no Contestado, ao sul e a oeste das então fluídicas fronteiras entre Santa Catarina e Paraná, deu-se um embate fratricida de quatro anos; ali, em torno de 7 mil homens, um terço do efetivo do Exército brasileiro, promoveu um morticínio exemplar e único no século 20, sob o comando do general Setembrino de Carvalho (1861-1947), coautor da tragédia de Vaza-Barris havia menos de duas décadas. E, onde, entre mortos e feridos, como em Canudos, se revezavam na brutalidade, espelhando-se mutuamente na sangueira e na insensatez, cada um empunhando a “sua” bandeira da verdade secular e de transcendência messiânica.
Incontornável: no Contestado matou-se à bala, à baioneta e na degola, e tombaram de fome, doençaria e perdição, entre soldados, caboclos e fanáticos, mais de 20 mil pretos, cafuzos, bugres e índios aculturados, imigrantes europeus (poloneses, alemães, ucranianos, rutenos), retirantes e trânsfugas de todos os grotões miseráveis do País. Hoje, centenas de cruzeiros sem nome e data, às vezes emoldurados com fitas coloridas, à sombra dos verdejantes pinheirais remanescentes e das sombrias florestas de Pinus elliottii do planalto catarinense, ainda clamam por justiça e reparação histórica.
No Contestado, a refrega teve inequívocos lances separatistas. Talvez resida aí uma das razões pelas quais se teme tanto mexer e rever o conflito na sua integridade holística, denunciando executantes e mandantes, desencavando valas crematórias, lápides e necrológios. A caudilhesca Revolução Farroupilha (1835-1845), que deu na breve “República Piratini”, era explicitamente autonomista, uma macabra antevisão sesquicentenária do dístico “o Sul é o meu país” - ao contrário do Contestado, onde essa vocação nunca foi coletiva, nem havia unanimidade política quanto a uma possível secessão, e muito menos representou o insumo para a longevidade da desgraceira.
Mesmo que chefetes, ex-lideranças de Gumercindo Saraiva, um dos comandantes da malograda, também separatista, Revolução Federalista (1893-1895), chegassem a propor, em 1914, a criação de um Estado autocrático batizado de “Monarquia Sul Brasileira”, que incorporaria tanto o Paraná como o Rio Grande do Sul, estendendo-se ao Rio de Janeiro. Na “Carta Magna”, que deixa escapar laivos republicanos, além de uma inusitada liberdade de voto, culto e de opinião, sonhava-se até com a criação de um Ministério da Marinha e a anexação da Banda Oriental do Uruguai, “antiga Província Cisplatina”...
Não raro o Contestado é associado à Guerra de Canudos (1896-1897), sendo inclusive chamado, equivocadamente, de “Canudos do Sul”, e faz mesmo algum sentido semântico, pois já nas primeiras notícias de ajuntamentos messiânicos na região, no início do século 20, a expressão veio a lume na mídia. No entanto, o Contestado diferencia-se de Canudos menos pela sua origem igualmente milenarista, como é reconhecido esse surto religioso de deserdados que agem em uníssono almejando uma suposta redenção moral de mil anos.
Tudo atiçado pelo verbo, ora incandescente ora melífluo, de um “messias”, com subtexto cristão revanchista e de restauro de um idílico tempo de benesses e bem-estar geral e perene. Esse “salvador” de homens e almas tanto pode ser um Antônio Conselheiro como os dois “padroeiros” do Contestado, os “sãos” João Maria, histórico e pacifista, e o bruxo incendiário José Maria, de passado dito criminoso, idolatrado por suas mandingas e curas e por arrecadar dinheiro dos caboclos para promover o assentamento fraudulento deles em terras devolutas.
Para higienizar de vez esse caldeirão, o que fazer com os milhares de enjeitados recalcitrantes, como controlar esse lumpesinato enfurecido que se engraçara com o messias em voga, indiferente à interminável pendenga jurídico-institucional entre Paraná e Santa Catarina? O jeito foi forçá-los a se virar como operários das multinacionais Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, a Brazil Railway Company, e Southern Lumber & Colonization (então a maior serraria da América do Sul). Ou, na pior das hipóteses, enxotá-los de suas glebas feito cães sarnentos, por não possuírem título de propriedade.
Isso sem falar nos 8 mil homens recrutados no Nordeste e no Rio de Janeiro como mão de obra quase escrava para tocar a ferrovia. Com seu término, em 1910, desempregados, eles viraram os potenciais novos “soldados do exército encantado de São Sebastião”: miséria por miséria, que fosse acreditando no improvável que poderia matar sua fome, em lugar da exploração de sua força de trabalho por ninharia e da serventia física e moral.
Foi quando o presidente Hermes da Fonseca, apavorado com que ali subsistissem cinzas de um monarquismo redivivo, mandou à região, armado até os dentes, inclusive com inéditos aviões, o general Setembrino de Carvalho, que acabara de liquidar um levante do Padre Cícero no Ceará.
Setembrino atuou com as PMs de Santa Catarina e do Paraná, coadjuvadas pelas milícias dos “coronéis”, os chamados “vaqueanos”, de infausta memória, que faziam o serviço sujo na cola do Exército, do qual recebiam soldo. Um a um eram fuzilados ou degolados os intimoratos recos da tropa celeste de “São Sebastião” (o mito do sebastianismo, restaurado nos sertões catarinenses, virara o mote da hora), em cujas fileiras estariam os combatentes mortos no Irani, tendo à frente “são” José Maria, lancetado naquele entrevero inaugural do Contestado (22 de outubro de 1912).
Conhecidos como “redutos” (eram mais de 40), e para os sertanejos, “cidades santas”, essas favelas, então inexpugnáveis “fortes de resistência” do jaguncedo, constituíam um misto de dormitório, rupestre praça de prédica, reza e batismos, justiçamento sumário e de ditames bélicos. Numa viagem dos tempos, dada a mesma matriz cristã, os sítios remontam ao espaço de fanatismo religioso, cega obediência e castigos aos índios, formatado pelos jesuítas nas missões da chamada “República Guarani” (1610-1776).
Improvisados e provisórios, estendiam-se a partir do Rio Iguaçu (divisa do Paraná), ao longo do Vale do Rio do Peixe (centro-oeste catarinense), até quase às margens do Rio Uruguai, que separa Santa Catarina do Rio Grande do Sul.
Como viviam infiltrados por aventureiros e fugitivos da lei, muitas vezes o epíteto “jagunço” fazia sentido. Em nome de um suposto ideal igualitário (“quem tem, mói, quem não tem, mói também”) pregado por “são” João Maria, nas suas ações guerrilheiras, derrotados nas tentativas de convencer quem os seguisse, punham-se a ameaçar a população civil, além de lhes surrupiar o gado, mantimentos, roupas e armas.
Na invasão de Curitibanos, quando incendiaram prédios públicos, assombrando autoridades e habitantes, houve quem visse em seus olhos aquele esgazeado próprio do fanático. Algo que corresponde ao que o historiador Maurício Vinhas de Queiroz (1928-1995), cujo livro Messianismo e Conflito Social (1966) é referência histórica, revela sobre os caboclos: o Contestado teria sido uma revolta alienada, seus protagonistas agiam como se fossem autistas, enfrentando as razias do general Setembrino de Carvalho com espadas de pau, crentes que ressuscitariam no Exército Encantado de São Sebastião...
Nessa, acabavam embaralhando agressão a símbolos opressores (obras da ferrovia, da serraria, sedes de fazendas, depósitos de armas, linhas telegráficas do Exército) com quem os apoiava clandestinamente (pequenos fazendeiros, comerciantes, políticos locais). Um terrorismo que foi corroendo e manchando a legitimidade reivindicatória do movimento por confundir algozes e vitimas.
Dissolvendo nossa useira e vezeira inconsciência, deboche e preguiça acadêmicas quanto à exegese da história oculta do Brasil, onde invariavelmente o campeão e o perdedor mentem, é preciso desossar o Contestado a partir de um mix entre o que foi e o que poderia ter sido. Ou seja, munido de um rigoroso approach desideologizado, onde os influxos morais permaneçam inoxidáveis.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Minha Educação Prejudicou-me em Vários Aspectos

A Minha Educação Prejudicou-me em Vários Aspectos

Dormi, acordei, dormi, acordei, vida miserável. (...) Quando penso nisso, tenho de dizer que a minha educação me prejudicou muito em vários aspectos. Não fui, de facto, educado num lugar longe de tudo, como por exemplo entre ruínas, nas montanhas; contra esse facto eu não poderia realmente exprimir a minha censura. Apesar de correr o risco de não poder ser compreendido por todos os meus antigos professores, eu bem preferiria ter sido um habitante dessas pequenas ruínas, queimado pelo sol que por entre os destroços me apareceria de todos os lados sobre a tépida hera, mesmo que eu a princípio houvesse sido fraco sob a pressão das minhas boas qualidades, que com a força da erva teriam crescido dentro de mim.

Quando penso nisso, tenho de dizer que a minha educação me prejudicou muito em vários aspectos. Esta censura aplica-se a uma quantidade de pessoas, ou seja, aos meus pais, a algumas pessoas de família, a alguns amigos da casa, a vários escritores, a uma certa cozinheira, que durante todo um ano me levou à escola, a um monte de professores (que nas minhas recordações tenho de comprimir num grupo estreito, que doutra maneira me falha um aqui e outro ali — mas, com os comprimir de tal modo fortemente, toda a massa se esboroa e desfaz a pouco e pouco), a um inspector escolar, a transeuntes vagarosos; em resumo, esta censura roda como um punhal pela sociedade e ninguém, repito, infelizmente ninguém tem a certeza de ver aparecer a ponta do punhal de repente na frente, atrás ou de lado. Não quero ouvir contradizer esta censura, porque já ouvi contradizer em demasia, e como me têm refutado na maior parte das réplicas, incluo estas na minha censura e declaro agora que a minha educação e esta réplica me prejudicaram muito em vários aspectos.
Franz Kafka, in 'Diário (1910)'